Todo escritor tem suas dúvidas, desta forma anunciamos que a primeira obra a ser reproduzida neste site seria uma grande inovação, porém pretendemos aguçar a curiosidade de vocês e lançaremos primeiramente um conto, que trará características da forma que Ediem Goes vê a literatura e o seu modo de comunicação com o leitor. Sendo assim aproveitem sua leitura e fiquem com a frase do dia: Através das indecisões enxergamos o caminho.

 

 

Indecisão


Madrugada que traz surpresas para Sólon quando se depara com uma voz lhe dizendo ¨rapaz chegou sua hora, amanhã uma amiga irá te buscar¨. Sem que houvesse tempo para fluir algum pensamento, ele desespera-se por instantes, os quais pareciam tenebrosos, porém volta ao ritmo dos sonhos,que o fazem esquecer o que não conhecia. Ao amanhecer lembra-se do ocorrido e volta-se para a reflexão, sem no entanto chegar em um ponto. Passam-se dias, e em uma conversa sem definições, resolve ir para um lugar que o deixaria tranquilo. Mas algo diferente começava o pertubar, não representava perigo, contudo o levava a mudar alguns dos seus caminhos. Esta inquietação era alimentada em vários momentos, pois a encontrava na confissão, no saber e até mesmo na ausência através de sonhos acordados pela vontade de estar junto ao desejo. Ele não podia mostrar esta ¨ambição¨ e o que restava era esperar e procurar traduzir o que pulsava no seu corpo para alguém que pudesse transformar este pensamento em alguma realidade. isto ocorreu, não por causa de sua coragem, mas sim pela visão de sua amiga ¨Ceres¨, a qual traria uma sensação de alívio, pois sentia que não estava navegando totalmente sem rumo, talvez chegasse a tocar o seu objetivo.Nesta teia de incertezas, havia algo concreto, sem que o mesmo conseguisse enxergar, devido a uma mente coberta de prazer, dúvidas e castigos. O que existia de real era a aceleração de um sentimento sem justificativas, mas como causadora e bem próximo de consequências, que por muitas vezes ele construía e destruía pelo seu medo de saber o caminho que iria enfrentar. Ao mesmo tempo, a vida não dar espaço para tanta reflexão ... aguardem , sem que haja encaminhamentos, que por muitas ocasiões não queremos. Mas tudo acontece, e assim as perguntas exigem respostas, que ele excitava em não querer ajudar a encontrá-las. Precisava ter um mínimo sustentáculo, que retira-se de sua frente a ansiedade dos derrotados e a ilusão daqueles que preferem a omissão.Este apoio poderia vir de Ceres, que apresentava-se como o seu lado de credibilidade em uma fase de dúvidas. Mas, na verdade esta lança de esperança só sairia de si mesmo ou de um ato daquela que não imaginava o que ocorria, , em consequência de sua presença tão modificadora e admirável nos planos daquele, que vivia apenas de indecisões. Por mais que o tempo nos ajude a solucionar alguns dilemas, ele também é traiçoeiro e não suporta a espera, trazendo para aquele que move lentamente um mundo de confusões , as quais servem para atrapalhar ainda mais a rota que devemos tomar. Para Sólon, não era diferente, com o passar do tempo sua mente fervilhava sem nenhum alento para que pudesse ajudá-lo a iniciar a sua busca em relação ao que parecia um encantamento utópico, todavia preenchido de fantasias e mistérios que alimentavam a sua existência naquele período. Sabendo do seu receio ele mostrava-se pronto para sair desse cativeiro, que fora arquitetado por seus sentimentos; não que a força viria quando necessitasse , mas a pressão da cadência dos seus atos, fazia-o achar que teria algo a almejar , sem que houvesse interrupção de princípios e normase sim fagulhas de realizações, que talvez lhe bastasse para transformá-lo em herói dos seus próprios anseios. Dentro dessa expectativa, ele amanhece propício a orientar a sua ambição e aproximá-la da fonte de todas as suas indagações. Porém como chegaria a transpor as suas limitações, sem dificultar o traçado da sua vontade para chegar a sentir o valor de um gesto ou ato que imergiria a sua consciência em um plano sem alcance para descrições, tão imensa a significação do reflexo de contentação que iria transportar para os que tivessem a oportunidade de conhecê-lo. Agora era o começo que poderia não levá-lo ao escuro, mas... continuaremos... deixaria de ser o suficiente para acalmar um espírito que está travando um esforço para responder as suas turbulências, as quais aumentadas por delírios em sonhos que o fazia tocar naquela pele almejada e desejada. Do outro lado , quase que transparecendo saber o que estava acontecendo, a manifestadora destes conflitos, mostrava-se as vezes distante ou inibida pelo cerco que tragava-a, sem que perdesse a harmonia de um sorriso, quando queria verdadeiro, e um semblante que aumentava a ânsia daquela criatura , que mergulhava em perigosos sentidos. Neste percurso acontece novas perspectivas, que são motivadas pelo receio que ele carregava, pois havia o temor de perder e até mesmo do inesperado por sua parte, que penetraria de tal forma que ele não imaginava o que deveria seguir. Em uma aproximação que balançava todas as suas ansiedades, mas que por alguns minutos deixo-o vislumbrando  um quadro de liberdade e satisfações. Bastou uma resposta, não tão firme, para que o mesmo trouxesse para seu interior uma armadilha de alegria, a qual  a cada contato era colocada a prova, principalmente pela angústia de quem parecia saber que tudo pode ser apenas aparência, que foram transpassadas para uma visualização que podia não ser verdadeira, talvez enganadora. Enquanto não vinha um resultado que o atingisse ,de tal forma, a não restar arestas na sua mente , ele julgava-se o pior que possa existir como exemplo de um caráter duvidoso, pois sustentava um relacionamento  como que  para garantir uma saída para a dessolação que viesse pegar o seu espírito. Nesse prenúncio de amanhecer ou anoitecer, somente Ceres apresentava a razão sobre os fatos, o que por algum motivo o fazia mais envolvido em suas palavras do que nos seus próprios movimentos. Com um ambiente que procurava disfarçar o que estava presente na sua maneira de agir, ele sofria a cada aparição daquela que simbolizava o melhor para alimentar a satisfação de um ser que tenta ... seguiremos - com poucas iniciativas encontrar o equilíbrio e a soluçãode barreiras que impedem a sequência de sua vida. é hora de saber certos indícios em relação aos seus temores, pois receberia uma  mostra dos sentimentos de Artemis, que era a sua versão platônica ou de beleza e aparecia dentro de um olhar descrente, como a única maneira de prosseguir a sua existência com a magnitute que é solicitada pelo mundo real. A natureza figurava sem restrição nenhuma o comportamento de Sólon, com ventos que levavam e traziam resíduos de incertezas, além de chuvas que tentavam limpar tudo que bloqueasse a passagem veloz dos sonhos daqueles que querem alcançar uma grande imensidão de conquistas. Neste cenário de agitações é prolongada a situação de espera, pois um dos inúmeros acontecimentos que a vida nos impõem, impede que seja dada a sequência na procura de um alento maior para o caminho de um ser misteriosamente dividido entre a certeza de uma realidade calma e serena, porém não motivante; e um delírio de pulsações que satisfaz suas aspirações. Passando-se alguns dias, ele continuava vendo, diante de si, aquela que traria a prescrição de uma cura, contudo só estava aumentando a sua dificuldade de viver sem saber a verdade ou até mesmo a direção que deveria tomar. Apesar de tudo Sólon resolve desvendar aos poucos o que ele estava sentindo , quem sabe na aflição de suas indecisões,mas com uma certeza de que precisava ser feito algo. A confiança e a coragem dos heróis só vinha nos planos, e com isso tardava os seus atos, que iniciou-se com a pronuncia de algumas palavras, que quase não saiam, devido o receiode perder tudo que pretendia e ainda ter que aguentar o distanciamento de Artêmis. Após o ocorrido, ele esperava uma reação como um menino aguarda... neste final de semana saberemos a decisão de Sólon, não percam.